Dois Pastores foram condenados a 21 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver

A mãe do adolescente Lucas Terra, queimado vivo em um terreno baldio de Salvador, em 2001, comemorou a condenação dos pastores JOEL MIRANDA E FERNANDO APARECIDO, responsáveis pelo crime. O júri terminou na quinta-feira (27), com pena de 21 anos de prisão em regime fechado para cada um.

A sentença cabe recurso no próprio Tribunal de Justiça da Bahia e também em instâncias maiores: Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, mas encerrou o sentimento de impunidade pelo crime, vivido por Marion Terra havia 22 anos.

“Hoje [quinta, 27] foi o dia da minha vitória. Eu quero agradecer a todos da imprensa, que incansavelmente nunca se calaram, nunca foram omissos, sempre foram a nossa voz. Essa vitória não é só minha, não é só do Carlos, não é só do Lucas, essa vitória é de todas as mães da Bahia. De todos os jornalistas, de todas as famílias que, muitas vezes, perdem os filhos e se deparam com poderosos economicamente, e levam 22 anos, como nós levamos, e às vezes nem têm direito à justiça”.

Um dos advogados da família e assistente de acusação, Vinícius Dantas, detalhou que os 21 anos da condenação correspondem apenas ao crime de homicídio, triplamente qualificado pelo motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.

“Eles também foram condenados pela ocultação de cadáver. Todavia, a pena de ocultação de cadáver foi de um ano e ela já prescreveu. Então, eles só cumprirão a pena, de transitar em julgado, do homicídio, que foi de 21 anos em regime fechado”.

Fonte: G1Bahia

 

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