ADOLPHO LOYOLA DETALHA COMPOSIÇÃO DA BASE DE APOIO A JERÔNIMO E DIZ QUE OPOSIÇÃO ‘FICA AGOURANDO’

O secretário de Relações Institucionais da Bahia, Adolpho Loyola, tem sido peça-chave na consolidação da base de sustentação política do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em meio a diálogos com prefeitos, deputados e partidos, Loyola reforça a estratégia do governo de priorizar ações institucionais, sem descartar alianças eleitorais para 2026.
“Nosso foco é trabalhar com todos, independentemente de partido. Quando governo federal, Estado e prefeituras colaboram, a política pública chega mais rápido a quem precisa”, disse Loyola, em entrevista exclusiva ao site O Divergente neste sábado (2). O titular da SERIN destacou que o governo já atendeu mais de 80 prefeitos no intervalo de aproximadamente 100 dias, incluindo membros do bloco de oposição como os prefeitos de Feira de Santana e Vitória da Conquista, José Ronaldo e Sheila Lemos, respectivamente, ambos filiados ao União Brasil.
Outro avanço apresentado pelo secretário diz respeito à reinserção do PDT na base governista. “Trazê-los de volta é simbólico e estratégico. O partido possui expertise valiosa, como a do ex-deputado Severiano Alves, que presidiu a Comissão de Educação por oito anos, além de prefeitos com trajetórias relevantes. O histórico trabalhista e a capilaridade política do PDT consolidam uma base de sustentação qualificada”, pontuou.
Questionado sobre o fato de o PP estar à sombra do União Brasil, Loyola admitiu que a influência da nova federação atrasou uma aliança formal, apesar das negociações avançadas com os progressistas baianos. Na oportunidade, ele esclareceu que o governo mantém diálogo com os deputados federais Mário Negromonte Júnior, presidente estadual da legenda, e Cláudio Cajado.
“Quatro deputados estaduais do PP já votam com o governo: Hassan, Niltinho, Eduardo Salles e Antônio Henrique Júnior. Também já conversei em separado com os deputados Filipe Duarte e Nelson Leal. Estamos bem alinhados e para nós é muito importante tê-los aqui, não só pela questão eleitoral, mas por questão programática e de conteúdo. Faremos a movimentação partidária na hora certa, sem ‘afobação’”, declarou, referindo-se à janela partidária de 2026.
Loyola reforçou parcerias em áreas estratégicas, como o apoio à Micareta de Feira de Santana e a projetos em Cairu, onde está localizado Morro de São Paulo, terceiro destino turístico do estado. “Não podemos virar as costas para nenhum município. Hildécio Meireles é um parceiro institucional, independentemente de partido”, disse.
Relação com Ilhéus
O governador Jerônimo Rodrigues adotou postura pragmática em relação ao município que hoje é base do União Brasil. Conforme Loyola, o povo de Ilhéus não ficará penalizado por isso. “O nosso compromisso é com a população. Caso ele [Valderico Júnior] queira sentar com o governador para tratar de projetos, ações e obras que melhorem a vida dos ilheenses, não teremos problema algum para recebê-lo. Estamos fazendo um trabalho institucional com todos os prefeitos da Bahia”, assegurou.
O secretário alfinetou a oposição, mencionando que os adversários se limitam ao debate político e a gestão estadual, por outro lado, mantém o foco exclusivo na melhoria da vida dos baianos. “O governador Jerônimo Rodrigues não para de trabalhar um dia sequer, inaugurando obras naquelas localidades mais carentes de políticas públicas, enquanto isso, o ex-prefeito de Salvador e pessoas ligadas a ele ficam agourando e reclamando nas redes sociais”.
Adolpho Loyola relembrou os desgastes na oposição e a onda de insatisfação generalizada. “Quando aliados precisam publicamente reclamar da falta de diálogo e atenção, fica evidente o distanciamento de certos líderes”. Recentemente, ACM Neto foi questionado por muitos correligionários por adotar uma postura pouco acessível (relembre aqui).