ITABUNA CELEBRA 4 ANOS DO FIM DO LIXÃO COM HISTÓRIAS DE VIDAS TRANSFORMADAS

Há quatro anos, o lixão de Itabuna foi desativado, dando lugar a um modelo sustentável que mudou a vida de dezenas de catadores de materiais recicláveis. Hoje, muitos deles têm trabalho digno, renda estável e acesso à educação, como Daniele dos Santos Pereira, ex-catadora que agora cursa Administração e é dirigente da Associação de Agentes Ambientais e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis de Itabuna (AACRRI).
Central de Triagem gera renda e preserva o meio ambiente
A Central de Triagem, instalada no bairro Lomanto, reúne cerca de 60 famílias associadas à AACRRI e processa 120 toneladas de recicláveis por mês, garantindo uma renda média de R$ 1.500,00 por trabalhador. O projeto, uma parceria entre Prefeitura, Governo do Estado, CVR Costa do Cacau e Ministério Público do Trabalho, também conta com ecopontos e coleta seletiva em empresas e condomínios.
Com o fechamento do lixão em 2021, os resíduos de Itabuna passaram a ser destinados ao aterro sanitário da CVR Costa do Cacau, que recebe cerca de 5 mil toneladas por mês. O prefeito Augusto Castro destacou a transformação social e ambiental. “Os catadores e catadoras são um exemplo de superação, contribuindo com o sustento de suas famílias e com a conservação do meio ambiente”.
A defensora pública Aline Müller reforça que o projeto garante direitos básicos e promove educação ambiental. O Recicla Itabuna se tornou referência, mostrando que é possível conciliar inclusão social, geração de renda e preservação ambiental.
Texto e foto: Daniel Thame