SEM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, PREFEITURAS FICAM REFÉNS DE CICLOS PARTIDÁRIOS

O lema “governar para o presente” reduz a eficácia das ações públicas
A maioria dos municípios do sul da Bahia continua presa a gestões imediatistas, sem planejamento estratégico de longo prazo. A ausência de políticas de Estado, que estabelecem diretrizes permanentes para o poder público local, condena as administrações a repetirem erros e compromete o desenvolvimento regional.
Ao que parece, as prefeituras limitam-se a cumprir um plano de governo. Focadas apenas no mandato vigente, essas propostas, ainda que importantes, são insuficientes para garantir continuidade em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura. É como se cada nova gestão jogasse fora o trabalho da anterior, interrompendo projetos sem consolidar resultados.
Na região, boa parte dos municípios enfrenta crises cíclicas justamente pela falta de uma visão integrada. O que assistimos são obras inacabadas, programas paralisados e desperdício de recursos públicos. Ressalta-se que o Plano de Estado não é apenas uma ferramenta técnica – é um pacto político e social. Ele exige diálogo permanente entre gestores, legisladores e sociedade para definir prioridades que transcendam mandatos.
As prefeituras precisam colocar de lado a lógica do “fazer para aparecer” e adotar a cultura de planejamento, ou do contrário, o desenvolvimento seguirá sendo uma promessa não cumprida. Enquanto o sul da Bahia não priorizar esse debate, continuará refém de gestões partidárias que pensam apenas nos próximos quatro anos.
“Sem governança, não há como implementar políticas públicas eficazes. É como construir em terreno movediço. É um reinício a cada nova gestão”, explicou um especialista da área. Algumas prefeituras não possuem sequer planos setoriais básicos, quanto menos projetos transversais que sobrevivam a trocas de governo.
Basta perguntar quantas prefeituras possuem um Anuário Estatísitico?? Quantas gestões consultam o PPApara construir a LDO e a LOA. Quantas prefeituras Avaliam a execução dos palnos decenais da educação e demais setores? Quantas prefeituras consultam e atualizam seus Planos Diretores??? Tudo feito “de cabeça e de acrdo a vontade de quem manda”.