ANTIPETISMO DE ACM NETO NÃO VIROU PROJETO PARA A BAHIA

Se, por um lado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) avança com investimentos históricos na Bahia, por outro, ACM Neto (União Brasil) vê sua capilaridade política minguar e sua atuação se restringir a ataques sem apresentar um plano concreto para o estado. Nos últimos meses, o líder do UB tem se limitado a criticar o governo estadual em redes sociais e eventos, sem propor alternativas ou conquistar novos aliados.

O antipetismo na Bahia não evita a perda de apoio em regiões estratégicas, tampouco dá impulso para a criação de um projeto de gestão consistente que convença o eleitorado baiano. Sem mandato eletivo e longe da gestão pública desde 2021, Neto se mantém no campo da retórica, cujo discurso contrasta com o aporte do governo estadual no último biênio.

Sob o comando de Jerônimo Rodrigues, a Bahia já aplicou mais de R$ 16 bilhões em saúde, educação, segurança, infraestrutura e saneamento básico, com impactos diretos nas regiões mais carentes. O governo tem ampliado unidades hospitalares, construído escolas em tempo integral, pavimentado estradas e levado água potável a comunidades que antes viviam em abandono.

Analistas apontam que ACM Neto hoje sofre com a falta de inserção nas bases. Seu discurso agressivo contra o PT e o governador não tem sido suficiente para reverter a perda de espaço, especialmente no interior, onde a população demanda ações concretas, não apenas polarização.

Sem um plano de governo claro e com uma rede de apoio enfraquecida, Neto corre o risco de se tornar uma figura cada vez mais isolada na política baiana, já que Jerônimo adotou a política da boa vizinhança ao manter o diálogo com prefeitos e lideranças que não fazem parte da base governista.

Uma coisa é fato. ACM Neto enfrenta deserções em seu próprio campo político, com aliados questionando sua falta de proposta e estratégia para além do embate pessoal. O sinal de alerta está ligado.