POLEMICA: BANHISTAS COMEMORAM LIMITAÇÃO DE SOMBREIROS NO PORTO DA BARRA EM SALVADOR
Um dia após o protesto dos barraqueiros no Porto da Barra, banhistas comemoram a limitação de kits (sombreiro e cadeiras) na faixa de areia entre o Forte São Diogo e o Forte de Santa Maria na manhã desta quarta-feira (29). A bióloga Shirley Muniz, 46 anos, é natural de Salvador e vai à praia do Porto desde a infância. Para ela, o espaço gerado pela nova reformulação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) traz conforto ao banhista.
“Estou adorando essa história da praia vazia. Os banhistas têm que ter o direito de escolher se querem cadeira ou não, se querem trazer sua própria cadeira. Fora que os preços já estavam muito abusivos. Eles são aproveitam da questão dos turistas e estavam extorquindo os turistas”, diz a bióloga. Nesta quarta, a reportagem fez um levantamento com quatro barraqueiros da região: a cadeira saía por R$ 10 e o sombreiro por R$ 20.
Shirley Muniz conta que nunca passou constrangimento com os trabalhadores da praia, mas já presenciou situações delicadas. “Já vi gente falar que não estava com dinheiro suficiente (para alugar os kits), e eles (funcionários das barracas) expulsarem as pessoas, sendo grossos. De certa forma, isso é desagradável”, relata. A biológa preza pela tranquilidade e pelo conforto na faixa de areia. “Agora eu vejo o mar, vejo a areia. Até quem passa lá de cima tem uma visão mais bonita da praia”
Na última terça-feira (28), os barraqueiros protestaram contra as medidas que deram uma nova configuração ao uso da faixa de areia na quinta-feira (23). As novas regras incluem a delimitação do espaço destinado a cada permissionário, para ordenar a ocupação, e a limitação do número do número de cadeiras e sombreiros que cada um deles pode fixar no local. Foi estabelecido que cada barraca forneça, no máximo, 30 cadeiras e 10 sombreiros.
De acordo com o diretor da Semop, Alysson Carvalho, o Porto da Barra tem, em média, 35 permissionários. Ao todo, são permitidos, então, 350 sombreiros e 1050 cadeiras. “É um número muito grande de equipamentos em uma extensão de faixa de areia de 250 metros. A gente precisa encontrar verdadeiramente o equilíbrio, do trabalhador informal executar as atividades, gerando renda, mas sem trazer nenhum tipo de obstáculo”, diz Alysson Carvalho.
Fonte: CorreiodaBahia