PT MIRA SENADO COM RUI E WAGNER EM CHAPA QUE AINDA EXIGE NEGOCIAÇÃO COM ALIADOS
Manutenção da aliança entre PT e PSD vai além da definição de um cenário eleitoral
Os comentários que circulam pelos bastidores da política baiana é de que a chapa majoritária para as eleições de 2026 já está definida, com o PT liderando as articulações. O ministro e ex-governador, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner devem concorrer ao Senado, enquanto Jerônimo Rodrigues busca a reeleição. A negociação, no entanto, depende de ajustes com o PSD, que terá de abrir mão de uma vaga no Senado.
Segundo fontes ligadas aos partidos, um dos pontos centrais do acordo é a definição dos suplentes das candidaturas ao Senado. A análise traz a hipótese de que Rui Costa possui perfil do Executivo e pode permanecer à frente da Casa Civil, caso Lula seja reeleito. Sendo assim, seu suplente teria grande chance de assumir o mandato. Pelo andar da carruagem, o nome cotado para a vaga é o do ex-deputado federal Ronaldo Carletto, presidente do Avante na Bahia e “gente da relação pessoal de Rui”. Carletto foi peça fundamental no crescimento do partido, com apoio do então governador.
Seguindo o fluxo, o PSD busca assegurar seu espaço diante de um possível terceiro mandato petista no estado. Para a suplência de Jaques Wagner, o nome mais forte em discussão é o do senador Ângelo Coronel, que também pode ser escolhido para ser vice-governador na chapa. A insatisfação de Coronel, contudo, preocupa os correligionários, já que ele tem declarado desconforto e até ameaçou romper com o governo, o que poderia enfraquecer a coalizão.
Resguardado dos holofotes, o senador e presidente do PSD Bahia, Otto Alencar, tem adiado esse debate, afirmando que só discutirá a sucessão a partir de abril de 2026. Tal postura pode ser lida tanto como estratégia quanto como falta de consenso na base aliada. O PT, embora confiante em sua força eleitoral, precisa do aval pessedista e de pôr em prática o seu know-how para driblar as resistências internas.
