PRIVATIZAÇÃO ELEVA PREÇO DO GÁS NA BAHIA, QUE AGORA É O MAIS CARO DO NORDESTE
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O botijão de 13 kg custa, em média, R$ 123,59
Após a privatização da Refinaria de Mataripe, a Bahia passou a ter o gás de cozinha mais caro do Nordeste e o quarto mais caro do Brasil, conforme balanço recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os dados colocam o estado atrás apenas de Roraima, Amazonas e Tocantins no ranking nacional de preços.
A Refinaria Landulpho Alves (RLAM) foi privatizada em 2021 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Agora chamada de Refinaria de Mataripe, a unidade pertence ao fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos. A política de preços é determinada pela Acelen, empresa que assumiu a refinaria há pouco mais de três anos.
Diferente da Petrobrás, que adota uma estratégia nacional, a Acelen reajusta os valores mensalmente, o que gera instabilidade para revendedores e consumidores.
Além da diferença entre estados, há disparidades internas na Bahia. Enquanto em Salvador o botijão de 13kg custa R$ 127, em cidades como Luís Eduardo Magalhães, no extremo oeste do estado, o mesmo botijão pode chegar a R$ 170, devido a custos de frete e logística. O impacto no bolso do consumidor é significativo: um botijão representa cerca de 10% do salário mínimo de R$ 1.518.
Em resposta às críticas, a Acelen anunciou uma redução de 0,5% no preço do gás, afirmando que os reajustes seguem critérios de mercado, como o custo internacional do petróleo e a cotação do dólar. A medida, no entanto, ainda deixa o estado em desvantagem em relação aos demais da região Nordeste.
Fonte: Ipirá Notícias