SINTEPAV-BA LEVA VOZ DOS TRABALHADORES PARA DEBATE CLIMÁTICO NA CÚPULA SINDICAL PRÉ COP30

SINTEPAV-BA LEVA VOZ DOS TRABALHADORES PARA DEBATE CLIMÁTICO NA CÚPULA SINDICAL PRÉ COP30

Evento reuniu organizações multilaterais para alinhar demandas trabalhistas frente à crise climática

O suplente de senador Bebeto Galvão (PSB) e o presidente do SINTEPAV-BA, Irailson Gazo, participaram da Cúpula Sindical Pré COP30, realizada nos dias 26 e 27 de março, em Brasília. O evento, organizado pela Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), Rede Sindical Amazônica e Aliança Sindical pelas Florestas Tropicais, debateu o papel do trabalho decente no combate às mudanças climáticas, com foco na Amazônia e em outros biomas.

A cúpula reuniu 16 países, incluindo os nove da Bacia Amazônica, além de governos, membros de centrais sindicais da França, Bélgica e Suíça, acadêmicos da Universidade Cornell (EUA) e organizações multilaterais. O objetivo foi fortalecer as pautas trabalhistas antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP30, que ocorrerá no Pará, em novembro deste ano.

Na ocasião, Bebeto moderou a sessão “Programa de Trabalho Decente para a Amazônia”, ao lado de nomes como Nilton Freitas, representante regional da ICM para a América Latina e Caribe; Vinícius Pinheiro, diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Brasil; Robby Berenstein, presidente C47 e senador do Suriname; e Vanessa Grazziotin, diretora executiva da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Em sua fala, Bebeto ressaltou que o Brasil possui condições de liderar o debate climático global, mas alertou que, “não podemos falar de transição justa sem combater a pobreza. Somente nos países amazônicos temos aproximadamente 50 milhões de pessoas que precisam de educação, promoção da saúde e de condições dignas de vida. Preservar a floresta exige incluir os trabalhadores na economia verde, com investimentos em empregos sustentáveis e direitos garantidos”.

O parlamentar reforçou que a COP30 não pode ser apenas uma conferência, mas um marco para consolidar princípios já estabelecidos, como a descarbonização e a segurança alimentar e energética.

Para o presidente do SINTEPAV-BA, os trabalhadores da construção e da madeira são diretamente impactados pelas mudanças no clima. “Essa cúpula foi essencial para pressionar por políticas que unam preservação ambiental e geração de renda. Não aceitaremos soluções que deixem nossa categoria desamparada”, declarou. Gazo também enfatizou a necessidade da criação de empregos verdes através do diálogo social tripartite, envolvendo governos, empresas e sindicatos.

O evento terminou com a definição de estratégias para incluir as demandas trabalhistas nas negociações oficiais da COP30, a saber: trabalho decente na Amazônia e em florestas tropicais; proteção contra eventos climáticos extremos no setor laboral; e incentivo a empregos sustentáveis vinculados à bioeconomia.

Bebeto reiterou que sem trabalhadores não há solução e os sindicatos seguirão exigindo lugar central no debate e na agenda climática global. “Precisamos unir vozes para garantir que essas demandas sejam ouvidas. Transição justa só é possível com a garantia de equidade social e econômica”.

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